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Na manhã de 17 de dezembro de 2024, o auditório da Biblioteca Central Cesar Lattes (BCCL) foi o cenário da comemoração dos 40 anos do SBU e do lançamento do livro, “SBU 40 Anos: Uma Visão por Meio de seus Gestores”, uma obra que celebra as quatro décadas de história do Sistema de Bibliotecas da Unicamp (SBU). O evento contou com a presença de autoridades da Universidade, alguns autores do livro e equipes das bibliotecas, tornando-se uma homenagem ao legado do SBU.

Mesa de abertura

A mesa de abertura foi composta por representantes ilustres da comunidade acadêmica da Unicamp: o reitor, Prof. Dr. Antonio José de Almeida Meirelles; a vice-reitora, Profª Drª Maria Luiza Moretti; o diretor do SBU, Oscar Eliel; e o organizador e autor do livro, Dr. Gildenir Carolino Santos. Durante as falas, destacou-se a relevância do SBU ao longo de seus 40 anos, como promotor do acesso à informação e ao conhecimento, além de seu papel estratégico no apoio às atividades acadêmicas e científicas da universidade. A obra, disponível em formato impresso e digital, reúne capítulos que analisam as mudanças enfrentadas pelo SBU em resposta às transformações tecnológicas, sociais e acadêmicas, e aponta caminhos para o futuro.

Uma Trajetória de Excelência

Desde sua criação, o SBU tem sido um pilar essencial no apoio às atividades de ensino, pesquisa e extensão da Unicamp, oferecendo infraestrutura e serviços de qualidade para a comunidade acadêmica e o público externo. A celebração dos 40 anos não só enaltece o trabalho realizado como também reforça o compromisso da instituição em continuar sendo referência na gestão de bibliotecas e na disseminação do conhecimento.

O lançamento do livro “SBU 40 Anos: Uma Visão por Meio de seus Gestores” representa um momento de celebração e reflexão, reafirmando a importância das bibliotecas como espaços vivos de aprendizado, inovação e inclusão.

Uma Reflexão Coletiva Sobre o Passado e o Futuro

A segunda mesa do evento reuniu alguns dos autores, ex-coordenadores e os atuais diretores do SBU para uma roda de conversas sobre os capítulos.

A mesa, mediada por Gildenir, iniciou com Oscar Eliel realizando a leitura do depoimento do Professor Doutor Ataliba Teixeira de Castilho, idealizador e criador do SBU, cujo relato compõe o primeiro capítulo do livro. Ele citou a idealização do SBU e os desafios, especialmente financeiros, para a construção da Biblioteca Central. Em seguida, Maria Isabel Santoro, representando a autora e ex-coordenadora do SBU Leila Mercadante (gestão 1983-1998), destacou a construção da BCCL, idealizada na gestão do Dr. Pinotti e projetada pelo arquiteto Claudio Mafra. Concluída em 1989, a obra é um marco arquitetônico e funcional com cinco pavimentos, áreas planejadas pela própria equipe da biblioteca e um auditório independente que ampliou a dinâmica universitária.

Santoro também ressaltou as conquistas estratégicas do SBU, como sua participação no Programa Nacional de Bibliotecas Universitárias (PNBU), COMUT, ProBE, e na automação de acervos com o UNIBIBLI (CD-ROM que unificou os acervos da Unicamp, USP e Unesp). Iniciativas como a conversão retrospectiva de catálogos, implantação do software Virtua/VTLS e o desenvolvimento de programas de aquisição de periódicos solidificaram o SBU como uma referência nacional. A Biblioteca Central também promoveu seminários como o Future Search e o 8º SNBU, com o tema “Compartilhamento e Integração”, ampliando sua influência nacional e internacionalmente. Todo o histórico pode ser lido no capítulo 2 do livro.

Na sequência, Gildenir Carolino Santos falou sobre o capítulo 3, que ele escreveu sobre a gestão da coordenadora Maria Alice Rebello do Nascimento (1998-2001). Gildenir enfatizou o período de transformação tecnológica e modernização, destacando o legado duradouro de Maria Alice e sua visão estratégica que consolidou as bibliotecas da Unicamp como referência no Brasil.

Luiz Atílio Vicentini (2001-2014), autor do capítulo 4, relembrou os avanços em sua gestão, como o crescimento do acervo, a transição de periódicos impressos para o digital e o investimento em tecnologias como o software SophiA Biblioteca e a criação de serviços inovadores. 

Regiane Alcantara Bracchi (2014-2018), autora do capítulo 5, em um vídeo, ressaltou inovações, reestruturação de processos e metodologias que beneficiaram financeiramente e academicamente a instituição durante sua gestão. 

Oscar Eliel, no Capítulo 6, relatou que a gestão de Valéria dos Santos Gouveia Martins (2018-2022) destacou-se pela migração para plataformas digitais, programas de atualização de acervos e ações inclusivas, como a ampliação do Laboratório de Acessibilidade. Essa gestão  também foi desafiada pela pandemia, adaptando protocolos de atendimento remoto e investindo em novos acervos digitais.

Por fim, Oscar Eliel e Márcio Souza Martins, autores do Capítulo 7 (2022-2026), apresentaram iniciativas que estão redefinindo o papel das bibliotecas da Unicamp ao integrar inovação, sustentabilidade e inclusão. Entre as ações destacam-se o Edital de Modernização de Bibliotecas, que já investiu R$ 930 mil na renovação de 20 unidades; a inauguração da Biblioteca Comunitária, voltada à promoção de cultura e lazer para a população de Campinas; e a finalização da ampliação do Laboratório de Acessibilidade (LABACES), reforçando o compromisso com a inclusão. Eles também enfatizaram a retomada de parcerias com a USP e UNESP por meio do CRUESP Bibliotecas, fortalecendo a colaboração interinstitucional, e a realização de Acordos Transformativos, que garantem o pagamento de APCs e impulsionam o acesso aberto à produção científica. Outro destaque foi a proposta da Biblioteca Inteligente e Sustentável, planejada para integrar o Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável da Unicamp (HIDS). A proposta é que essa biblioteca seja concebida sem acervo físico, otimizada para pesquisa, estudo, encontros e colaborações. Espera-se que seus espaços atuem como catalisadores para a reunião de talentos, troca de ideias, construção de redes e desenvolvimento de inovações disruptivas, promovendo parcerias e fortalecendo o papel da Unicamp como referência em sustentabilidade e inovação.

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